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Agosto Lilás: contra a violência à mulher
Todos os anos, o mês de agosto é dedicado nacionalmente à campanha Agosto Lilás, uma iniciativa que busca conscientizar a sociedade sobre as diferentes formas de violência contra as mulheres e reafirmar o compromisso coletivo pela construção de relações mais justas, igualitárias e livres de agressões.
A cor lilás simboliza a esperança por um futuro sem opressão e com mais equidade de gênero. No contexto universitário, especialmente em uma instituição pública como a nossa, torna-se ainda mais relevante refletir sobre os papéis que ocupamos e como podemos contribuir para a prevenção e o enfrentamento da violência contra a mulher em ambientes acadêmicos e sociais.
Formas de violência
A violência contra as mulheres não se manifesta apenas fisicamente. Ela pode ocorrer de diversas formas:
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Psicológica: humilhações, intimidações e controle excessivo;
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Sexual: assédio, coerção ou abuso;
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Patrimonial: limitação do acesso a recursos e bens;
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Institucional: quando barreiras na própria estrutura dificultam o acesso à justiça e aos direitos.
Muitas dessas violências são invisíveis, mas causam danos profundos e duradouros.
Nosso papel como agentes de transformação
Como servidores públicos, temos a responsabilidade ética e institucional de promover ambientes seguros, acolhedores e respeitosos. Isso significa estar atentos a sinais de desconforto ou risco entre alunas, servidoras e colaboradoras, além de divulgar canais de denúncia e apoio disponíveis.
Como apoiar uma mulher em situação de violência
A forma como nos posicionamos pode fazer toda a diferença. Algumas atitudes práticas incluem:
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Ouça com atenção e sem julgamentos
Escutar com respeito é o primeiro passo para oferecer segurança. -
Reconheça o que ela está sentindo
Frases como “você não merecia passar por isso” ou “não é sua culpa” ajudam a validar suas emoções. -
Não minimize a violência
Evite comentários que possam colocar em dúvida sua experiência. -
Ofereça suporte prático
Indique canais como o Disque 180, a Delegacia da Mulher, centros de referência (como o CoMu – Comitê de Políticas de Prevenção e Enfrentamento à Violência contra as Mulheres na UFPB), além de serviços jurídicos e psicológicos disponíveis. -
Respeite o tempo e as decisões dela
Cada mulher enfrenta o processo no seu ritmo. Apoie, sem impor. -
Mantenha sigilo
A confiança é fundamental. Só compartilhe informações em caso de risco iminente, acionando órgãos competentes. -
Incentive o acompanhamento profissional
Psicólogos, assistentes sociais e profissionais de saúde são preparados para auxiliar nesses casos. -
Denuncie quando necessário
Em situações de risco grave, procure imediatamente as autoridades. Sua atitude pode salvar vidas.
Seja parte da mudança
Apoiar uma mulher em situação de violência é um ato de cuidado, empatia e coragem. Na UFPB, reafirmamos nosso compromisso de ser uma universidade livre de violência, referência na defesa dos direitos humanos e na promoção da igualdade de gênero.
Informe-se. Escute. Acolha. Denuncie.