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27 de setembro - Dia Nacional de Doação de Órgãos

publicado: 27/09/2020 16h19, última modificação: 29/09/2020 12h23

O Brasil possui o maior programa público de transplantes do mundo e no dia 27 de setembro comemora o Dia Nacional de Doação de Órgãos. Esta ação faz parte da Campanha Nacional Setembro Verde, que este ano ano traz o slogan “Doe órgãos. A vida precisa continuar”.

Neste momento de pandemia causado pelo coronavírus, no mundo inteiro e no Brasil têm sido observadas queda nas doações de órgãos e nas realizações de transplantes, tornando-se um desafio para os países, tanto pelos esforços para manutenção das doações, quanto para garantir a segurança das equipes de saúde e dos pacientes. A campanha se tornou ainda mais necessária, tendo em vista o fato de que o Brasil contabilizava um número crescente de transplantes nos últimos anos.

Pensando nisso, a Progep através da Divisão de Qualidade de Vida e Saúde (DQVS/CQVSST),  apresenta  algumas questões para informar os servidores da UFPB sobre o assunto.

O que é doação de órgãos?

Doação de órgãos é um ato nobre que pode salvar vidas. Muitas vezes, o transplante de órgãos pode ser única esperança de vida ou a oportunidade de um recomeço para pessoas que precisam de doação. O transplante de órgãos é um procedimento cirúrgico que consiste na reposição de um órgão (coração, fígado, pâncreas, pulmão, rim) ou tecido (medula óssea, ossos, córneas) de uma pessoa doente (receptor) por outro órgão ou tecido normal de um doador, vivo ou morto.

Qual a posição do Brasil em relação a doação de órgãos?

O Brasil é referência mundial na área de transplantes e possui o maior sistema público de transplantes do mundo. Atualmente, cerca de 96% dos procedimentos de todo o País são financiados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Em números absolutos, o Brasil é o 2º maior transplantador do mundo, atrás apenas dos EUA. Os pacientes recebem assistência integral e gratuita, incluindo exames preparatórios, cirurgia, acompanhamento e medicamentos pós-transplante, pela rede pública de saúde.

 Certo! E essa estória de Morte Encefálica, como é?

Calma! Vamos lá! A morte encefálica é a perda completa e irreversível das funções encefálicas (cerebrais), definida pela cessação das funções corticais e de tronco cerebral, portanto, é a morte de uma pessoa. A doação só poderá ser realizada, no caso de paciente em morte encefálica, se houver autorização de um familiar, como previsto em lei. Se os familiares não autorizarem, a doação não poderá ser realizada. A constatação da morte encefálica deverá ser feita por médicos com capacitação específica, observando o protocolo estabelecido. Para o diagnóstico de morte encefálica, são utilizados critérios precisos, padronizados e passiveis de serem realizados em todo o território nacional.

Ok! Então o que faço para me tornar um doador de órgãos?

Se você quer ser doador de órgãos, primeiramente avise a sua família. Basta conversar com sua família sobre o seu desejo de ser doador e deixar claro que eles, seus familiares, devem autorizar a doação de órgãos. A vontade do doador, expressamente registrada, também pode ser aceita, caso haja decisão judicial nesse sentido. Em razão disso tudo, orienta-se que a pessoa que deseja ser doador de órgãos e tecidos comunique sua vontade aos seus familiares.

Quem irá receber os órgãos doados?

Os órgãos doados vão para pacientes que necessitam de um transplante e estão aguardando em lista única, definida pela Central de Transplantes da Secretaria de Saúde de cada estado e controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT).

Quais são os tipos de doador?

Existem dois tipos de doador:

 - O primeiro é o doador vivo. Pode ser qualquer pessoa que concorde com a doação, desde que não prejudique a sua própria saúde. O doador vivo pode doar um dos rins, parte do fígado, parte da medula óssea ou parte do pulmão. Pela lei, parentes até o quarto grau e cônjuges podem ser doadores. Não parentes, só com autorização judicial.

 - O segundo tipo é o doador falecido. São pacientes com morte encefálica, geralmente vítimas de catástrofes cerebrais, como traumatismo craniano ou AVC (derrame cerebral).

 A nível local, quais são as informações disponíveis?

No Estado da Paraíba, A CNCDO-PB (Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos da Paraíba) tem objetivo de coordenar a captação e distribuição de órgãos, tecidos e partes do corpo humano. A retirada de órgãos é realizada por equipe médica, autorizada pelo Sistema Nacional de Transplante (SNT), e em hospitais credenciados, mediante autorização da família do doador, e sob supervisão da Central de Transplante.

Central de Transplante da Paraíba
Hospital Estadual de Emergência e Trauma Senador Humberto Lucena
Sala 10 – 1º andar – Prédio Anexo
Rua: Orestes Lisboa, s/n – Conjunto Pedro Gondim – João Pessoa / PB
Cep.: 58031-090
Fone/Fax: (83) 3244.6192 – 3225.6409 – 98845.3516
E-mail: transplante@gmail.com 
A  campanha do setembro verde investe esforços para a conscientização da população para a importância da doação de órgãos e a Progep apoia esta ação.