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A OSUFPB faz soar suas cordas num concerto que inspira a paz e a liberdade

No repertório, obra de Shostakovich que é dedicada às vítimas do fascismo e da guerra
publicado: 10/09/2025 08h27, última modificação: 11/09/2025 10h27

Baixe o programa do concerto clicando AQUI

A Osufpb apresenta nesta sexta-feira, 12 de setembro, um concerto que aborda um tema sombrio,  refletindo sobre a dor e as trágicas marcas deixadas pelo fascismo em nossa história, exaltando a memória das vítimas das Grandes Guerras através da obra de Dmitri Shostakovich. O evento acontece às 20h00, na Sala de Concertos Radegundis Feitosa, no Campus I da UFPB. A entrada se dá rigorosamente por ordem de chegada até o limite da lotação do espaço.

O concerto, intitulado "Cordas que Libertam", tem como regente convidado o maestro André Muniz, que é professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e está à frente da Orquestra Filarmônica daquela instituição. André Muniz já se tornou parceiro da Osufpb, regendo-a outras vezes em momentos marcantes protagonizados pela Orquestra. Como solista, o oboísta Ravi Shankar, que também é professor do DEMUS, tocará a obra do compositor José Orlando Alves.

Repúdio ao fascismo e homenagem às vítimas da guerra

O repertório deste concerto traz uma sonoridade que causa reflexão sobre o sofrimento a partir das guerras, justo no momento em que assistimos a trágicos conflitos pelo mundo, gerando morte e destruição. É o caso da “Sinfonia de Câmara em Dó menor, op. 110a”, do compositor russo Dmitri Shostakovich (1906-1975), que foi composta em homenagem às vítimas do fascismo e da guerra. Também consta no repertório o “Concerto Breve para Oboé e Cordas”, do compositor mineiro José Orlando Alves (1970), que é professor do Departamento de Música da UFPB (DEMUS) e membro do Laboratório de Composição Musical da instituição. E para completar o repertório, a obra “Pizzicato-Polka”, do compositor austríaco Johann Strauss (1825-1899), vem descontrair o público com suas cordas dedilhadas e ritmo animado. 

O regente

O pernambucano André Luiz Oliveira Muniz é professor Titular da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), obteve seu doutorado em música pela Universidade de Montreal – Canadá na área de Regência de Orquestra sob a direção de Jean François Rivest. 

Foi fundador da Orquestra Sinfônica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (OSUFRN), onde desenvolve atividades intensas, dentre as quais destacam-se vários concertos internacionais. Em 2015, a Orquestra fez apresentações na Hochschule für Musik Karlsruhe – University of Music (Alemanha), sendo a primeira orquestra de universidade brasileira a tocar na Europa. Em 2018, conduziu uma pequena tournée da OSUFRN, em conjunto com o Madrigal da UFRN, realizando três performances de sucesso na Itália, inclusive diante do Papa Francisco, em audiência geral na Sala Paulo VI.

Como regente também esteve à frente da Orquestra Sinfônica da Paraíba, Orquestra Sinfônica de Sergipe, Orquestra Sinfônica de Barra Mansa, Orquestra de Câmara da Universidade de Montreal, Orquestra do Estado de Mato Grosso e Orquestra ULBRA. A partir de 2014, desenvolve uma atividade contínua com as Orquestras Chilenas. É membro permanente do Programa de Pós-Graduação em Música da UFRN.

O solista

Ravi Shankar Domingues é professor de oboé e música de câmara na Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Iniciou seus estudos na Escola de Música de Brasília (EMB), graduou-se em Música pela Universidade de Brasília (UnB) e obteve o título de Künstlerische Ausbildung pela Hochschule für Musik und Theater Rostock (HMT Rostock), na Alemanha. Concluiu o Mestrado e o Doutorado em Performance Musical na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). 

Como instrumentista, atuou em orquestras no Brasil, Alemanha, Canadá e México, incluindo a Mecklenburgische Staatskapelle Schwerin, a Neubrandenburger Philharmonie, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, a Orquestra Sinfônica de Montreal e a Orquestra Sinfônica de Xalapa (OSX). Participou de eventos como o Festival Junge Künstler Bayreuth (Alemanha), o Festival Amazonas de Ópera, o Virtuosi (Recife) e o Festival Artes Vertentes (Tiradentes), e integrou a Orquestra Jovem das Américas sob regência de Gustavo Dudamel.

Foi vencedor dos concursos Jovens Solistas Eleazar de Carvalho e Jovens Solistas da Orquestra Experimental de Repertório. É membro da International Double Reed Society (IDRS), do Centre for Interdisciplinary Research in Music Media and Technology (CIRMMT), do Observatoire Interdisciplinaire de Création et de Recherche en Musique (OICRM) e coordenador do Núcleo Interdisciplinar em Performance Musical (NIPMus). 

Fundador da Associação Brasileira de Palhetas Duplas (ABPD) e da Rede Brasileira de Saúde dos Artistas (RBSA), integra pesquisa, ensino e prática instrumental para promover a saúde e o bem-estar de músicos e artistas em todo o país.

A OSUFPB

A Orquestra Sinfônica da UFPB foi fundada em 2013 e é um equipamento cultural da UFPB pertencente ao Centro de Comunicação, Turismo e Artes (CCTA) e ligado aos Departamentos de Música e Educação Musical da Instituição. 

A orquestra tem finalidades pedagógicas que envolvem professores e alunos da UFPB, além de contribuir para a formação de plateia para o público pessoense. Atualmente, ela conta com vinte e um músicos fixos, sendo dezenove cordas, um clarinete e uma trompa. Além disso, a orquestra, que é um grupo de arte e cultura vinculado às ações estratégicas da PROEX, conta eventualmente com a participação de professores e alunos do curso de Música da UFPB e também de colaboradores voluntários da cena sinfônica paraibana. 

Com concertos majoritariamente realizados na Sala Radegundis Feitosa, que fica localizada no Campus I da UFPB, a OSUFPB se propõe a apresentar obras de grandes compositores da história da música universal e regional, contemplando também artistas da cena local e realizando concertos didáticos para crianças e adolescentes.